Cristina Maria da Silva – (Permanente)
Cristina Maria da Silva – Dra. UNICAMP (2009)
Pós-Doutorado Antropologia/UNICAMP (2010)
Pós-Doutorado Letras/Literatura Africana/PUC-MG (2019)
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/0296938001965033
Linha de Pesquisa 1: Literaturas, Linguagens e Outras Poéticas
E-mail: cristina.silva@ufc.br
Projeto de Pesquisa – Espaços da Recordação: Escritas femininas na literatura africana
Descrição:
Nesta pesquisa abordo os projetos literários de mulheres africanas, tendo em vista abordar “os espaços da recordação” (Assmann), que acionam em suas obras e como os expressam em suas escritas, bem como a própria noção sobre o lugar social da mulher, pensando nas reflexões de (Oyěwùmí). Inicialmente, tenho lido e refletido as obras de Chimamanda Ngozi Adichie (1977 -Nigéria); Dina Salústio (1941-Cabo Verde); Scholastique Mukasonga (1956-Ruanda); Paulina Chiziane (1955 – Moçambique); Dulce Braga (1958- Angola), Igiaba Scego (1974- Ítalo-Somali). Meu objetivo é realizar uma leitura de seus romances, ampliando essas narrativas para conhecer também outras escritoras, e observar as noções de espaços sociais, memória e esquecimento no mundo africano por meio de estudos comparativos. Procuro observar como seus espaços sociais se dispõem como “espaços da recordação” presentes em suas escritas, mas também nas imagens que surgem de suas narrativas, de seus corpos e dos lugares (seus locais de origem, as cidades onde vivem, as diásporas) evocados.
Palavras-Chave: Espaços da Recordação, Narrativas, Memória, Literatura africana
Projeto de Pesquisa – Rastros da memória em narrativas literárias: Grafando as recordações femininas na literatura africana e brasileira
Descrição:
A partir do projeto de pesquisa, integrando a iniciação científica e a Pós-Graduação, Espaços da Recordação: escritas femininas na literatura africana, vinculado ao PPGLetras, na linha de pesquisa Literaturas, Linguagens e Outras Poéticas, tenho trabalhado com projetos literários de mulheres africanas, buscando compreender suas experiências, suas expressões narrativas e como elas se situam em suas cidades e contextos sociais. Na presente proposta de caráter comparativo, temos buscado acompanhar esses espaços da recordação (Assmann) a partir das ruínas das cidades em narrativas literárias africanas e brasileiras. As mulheres, como contadoras de histórias, carregam em suas narrativas as ruínas da memória, os “vestígios” (Sharpe) de suas existências e ancestralidades e a “geografia rarefeita” das cidades e a reconstituição da subjetividade apesar das guerras, conflitos sociais e traumas das sociedades narradas. Em diferentes cenários, ao pensarmos em Chimamanda Adichie, Paulina Chiziane, Scholastique Mukasonga, Dina Salústio e no Brasil, Conceição Evaristo, Carolina de Jesus, Cristiane Sobral, por exemplo, encontramos escritas sobreviventes distintas, que a partir de diásporas, margens e resiliências inserem a mulher no lugar de contadoras de histórias, tanto pessoais como também coletivas. Fazem com que suas escritas sejam paisagens para que conheçamos as geografias dos lugares e seus conflitos, mas também nos permitem compreender como as mulheres constroem seus laços de solidariedade entre elas e forjam um lugar para si mesmas, seus territórios de memórias, apesar do Patriarcado e das lógicas de dominação. Observamos a invenção de seus próprios lugares como mulheres, a partir de seus próprios termos, para lembrar das palavras da socióloga nigeriana Oyěwùmí. Partindo das singularidades de cada escrita e de cada alinhavo do local com o mundo global que nos permitem, podemos observar que tomar a memória como uma das formas de ler a literatura pode nos fazer olhar comparativamente para diferenciar. Saindo da lógica da cosmovisão, podemos seguir uma maneira mais inclusiva de “cosmopercepção” (Oyěwùmí, 2021), agregando diferentes grupos culturais a partir de suas formas de narrar, conhecer e seus diferentes sentidos tanto na leitura como na interpretação cultural.
Palavras-Chave: Literatura africana; Literatura brasileira, Memória, Lugares de Fala;
Grupo de Estudos e Pesquisas Rastros Urbanos – Diretório – CNPq/UFC
(Reuniões Virtuais, em virtude da pandemia, sextas-feiras – 16h-18h – Google Meet).
https://dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/6631486588688773
https://www.instagram.com/rastros.urbanos/
http://rastrosurbanosufc.blogspot.com/